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João Vasconcelos "Algarve vive catástrofe social"

O deputado do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda (BE), João Vasconcelos, e outros membros do Bloco Esquerda Algarve, reuniram com a direção do Banco Alimentar do Algarve para aferir junto desta Instituição as dificuldades que enfrenta e o impacto da crise junto das famílias na região.

O Banco Alimentar informou que no ano passado, só entre abril e dezembro, devido à crise que a pandemia trouxe à região, os pedidos de ajuda alimentar aumentaram de forma significativa, cerca de 74 por cento, passando de 16.200 pessoas apoiadas através de 104 instituições, para 26.300 pessoas, através de 119 instituições.

Estes números fizeram com que o Banco Alimentar passasse dos 2 milhões para os 3.3 milhões de unidades de produtos alimentares distribuídas.

«Nunca se tinha atingido tamanha operação por parte do Banco Alimentar no Algarve como no ano de 2020. Nem no pico da crise anterior onde o máximo dos apoios atingiu 23 mil pessoas. O Banco Alimentar, pese embora tenha aumentado o número de dádivas, como também aumentou o pedido de apoio, está a sentir dificuldades em responder ao apoio solicitado», informa hoje o BE.

«Neste momento as pessoas apoiadas a nível alimentar no Algarve já devem ultrapassar as 30 mil e a crise ainda não bateu no fundo».

Para o Bloco de Esquerda, o «Algarve vive uma autêntica catástrofe social e o governo é o principal responsável, pois não está a dar as devidas e necessárias respostas, às pessoas, às famílias e às empresas. O governo ainda não apresentou qualquer plano para combater a crise na região, apesar de anunciado há vários meses. Uma situação inadmissível e insustentável».

Tal como o Bloco de Esquerda, o Banco Alimentar «lamenta a ausência de uma estratégia nacional de combate à pobreza, a ausência de políticas para dar resposta às famílias e combater a exclusão social. Apenas existem no terreno respostas desarticuladas com origem na comunidade e outras tantas por parte do Estado. Será urgente a criação de um Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social e Familiar, em que a pessoa seja o centro do apoio».

Noticia do Jornal Barlavento